Uma luz insistente...
Toda
vida somos cercado por luzes, quando uma criança nasce dizemos que lhe foi dada
a luz e é essa luz de vida que nos acompanha até o fim... mas existe um fim? Um dia todos saberão se
essa luz apaga ou não, mas isso é assunto para um momento posterior. As luzes
nos acompanham também em outros momentos,quando temos esperança, há uma luz no
fim do túnel, se uma idéia surge remete-se a uma lâmpada acendendo, mas nem
sempre o acender representa o inicio e o apagar é o fim.
Quando
o sol se põe marca o fim do dia, mas também é o início da noite que na maioria
das vezes é período onde as idéias dos grandes pensadores acendem, e geralmente
se apagam antes do clarear do dia e do apagar da noite (não sem antes serem
grafadas no papel). O cinema é como a noite, inicia no apagar das luzes, no
entanto nem sempre termina no acender, aliás, nesse momento outra etapa começa,
a da troca de idéias. Nesse contexto surge o cineclube, no meu caso, surge como
uma luz piscante, um vagalume insistente que contrariando o que todos dizem
atesta que uma outra forma de fazer cultura é possível, tornando todos iguais,
ao menos em validade de opinião.
Essa
luz piscante e insistente leva consigo 6 anos de trabalho, mais de cinco ou
seis mil impressões diferentes em cada um dos mais de 300 filmes exibidos,
talvez muitos tenham passado em branco... talvez muitos tiveram vergonha de
compartilhar uma idéia, mas no final das contas todos conseguiram assistir
um filme de uma forma diferente,
compartilhando o momento com outras pessoas. E que o compartilhamento
continue... E que a luz piscante nunca se apague!
Carol Petrin
Cineclube Vagalume
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